Afinal, qual é o primeiro e último desejo que toda a humanidade possua em mira? Não há dúvida que, dita em uma só palavra, seria a felicidade. Creio que não haja uma só pessoa que possa dizer o contrário.

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Contudo, aos que lutam para consegui-la, como aos que já a conseguiram e pretendem mantê-la para sempre, existe um fundamental condicionante desse objetivo. Este, por mais que se diga, é a "saúde do corpo".

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Disse Cristo, o Sábio de Nazaré: "Que adiantará conquistar o mundo se desgraçarás a vida?".

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Em razão desse fato, a humanidade, desde há milhares de anos, criou a medicina, e a fez evoluir e progredir no tempo, até agora. Mas tristemente, esse esforço, na realidade, manifestou resultados contrários.

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E qual seria a causa da manifestação de tal resultado? A essa questão a própria medicina não atribui resposta, pois ela nem poderia fazê-la. Vejam, por exemplo, a Inglaterra, assim como os estadistas de cada país, que vêm se manifestando na apreensão cada vez mais séria frente ao problema.

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Tenho me compenetrado no estudo dessa questão há décadas, baseado numa pesquisa de caráter particular, desvinculada da medicina e que, através da qual, cheguei de forma plena, na origem do problema, no sentido de existir na própria base do conhecimento da medicina um grande engano, o que permite a mim, remover do ser humano o sofrimento em relação à doença e tornar realidade a saúde em todo o seu esplendor e, consequentemente, êxito na possibilidade de maior longevidade.

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Realmente, trata-se do Grande Ideal que toda a humanidade vem sonhando, imensamente, há milhares de anos e que, agora, possibilitou-se a sua realização.

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O alongamento da vida humana era algo como o sonho de um louco, tido pela maioria dos pensadores e, nesse sentido, a importância desta Grande Descoberta não tem paralelo na História da humanidade. E quando esta Nova Medicina abranger toda a humanidade com seu benefício, certamente no mundo haverá de despertar uma grande revolução na cultura em relação à saúde.

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Mas o caro leitor não precisa se assustar, porque essa revolução será muito diferente daquelas pertencentes ao passado, precedidas de ódio e sangue, mas em um clima de intensa Luz e profundo júbilo. Uma vez isto concretizado, crê que a base da paz duradoura também será estabelecida de forma consequente.

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Talvez as minhas afirmações possam parecer exageradamente audaciosas, mas proponho ao leitor que faça uma leitura muito atenta e examine seu conteúdo, e considere na prática que, certamente, haverá de reconhecer a inexistência de qualquer falsidade, pois assim estou convicto.

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De maneira geral, qual a finalidade do progresso de uma cultura? Nem é preciso dizer que ela existe para aumentar ou melhorar a felicidade do indivíduo e da humanidade, e a tônica desse objetivo é a saúde e a longevidade do homem; isto, contudo, era vista pela humanidade de até hoje como uma meta atingível somente através da medicina e, nesse sentido, vinha empreendendo todo o esforço, como é do saber de todos.

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A Ciência, em seus vários setores, evolui a cada dia e a cada mês; contudo, no que diz respeito ao setor relacionado à vida do ser humano, que é da maior importância, não há qualquer avanço. Por qual razão?

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Na verdade, como qualquer setor da Ciência, a Medicina não fica atrás, quanto à magnificência e sofisticação de seus aspectos, tais como os equipamentos cirúrgicos nos grandes hospitais, as infinidades de remédios, os aparelhamentos de microscopia, de radiologia, radioterapia, etc., e ao ver dentro dos minuciosos princípios, as frequentes novas descobertas e divulgação de novas teorias, as pessoas se sentem deslumbradas diante dos mesmos. E daí, pensar na possibilidade de ser estabelecida uma solução em relação às doenças, é natural. Mas a realidade é que o ideal dessa meta está por demais distantes, e nem mesmo existe qualquer possibilidade de poder vislumbrá-lo no estágio atual.

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Não é nenhuma intenção de insulto à medicina, mas de manifestar a minha advertência à realidade do desvirtuamento dos ramos que avançam de forma demasiada, quanto ao verdadeiro objetivo em que se deve fundar a Medicina.

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O objetivo principal da Medicina deve estar na eliminação total das doenças do ser humano. Por mais que esta afirmação cause espanto aos olhos da maioria, se não houver uma aproximação gradual a este objetivo, a Medicina será uma parte inútil da Ciência.

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Contudo, existem os evidentes méritos que não podem ser negados, como a revelação clara dos órgãos do corpo humano - o estudo da anatomia, digno de todos os aplausos.

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Com a Arte Medicinal criada por mim, fica descerrada a cortina dos mistérios divinos que se encontravam na obscuridade nos longos milênios.
 
Qual a razão que levou a humanidade a não perceber tal erro da Medicina, durante tão longo tempo? Realmente, isto é o mistério do Mundo.

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Penso que Deus, no objetivo de fazer o homem retornar à condição verdadeira, através da saúde, deu a mim a atribuição dessa Grande Missão. [...]

[...] Se falarmos na Ciência contemporânea, indubitavelmente, nos referiremos à Ciência materialista que consiste, basicamente, no estudo dos fenômenos palpáveis e, sendo assim, apesar do progresso, o seu conhecimento não tem passado além dos limites da superfície das coisas, sem que perceba algo da maior importância contido no interior que se chama "espírito".

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O espírito é o elemento principal que constitui todo o ser animado ou inanimado. Portanto, enquanto não o reconhecer, todo o avanço científico é incompleto e inconsistente, não sendo capaz de gerar cultura justa e perfeita.

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Tornando clara a razão aqui exposta, será solucionável todo e qualquer problema considerado insolúvel até hoje. Isto porque tudo é regido pela Lei Natural do Espírito, a qual é o elemento principal, e a Matéria, o consequente. Por exemplo, o movimento dos membros do corpo humano deve-se a uma obediência ao invisível comando de uma ordem interior que é a "vontade", e não de si. É tal qual o milagre que tem procedência no espírito e que vai projetar-se no corpo físico. Este é o princípio que precisa ser reconhecido em razão da sua decisiva importância. Para compreendê-lo melhor, tomarei a seguir o exemplo da doença, sendo o mais simples.

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A doença é, originariamente, um fenômeno manifesto no corpo carnal, sendo ela o efeito. A causa, naturalmente, existe ao nível da alma. Isto é, inicialmente, ocorre a manifestação da mácula num ponto ou em vários pontos da alma, que vai projetar-se no corpo-matéria, manifestando assim a doença. Portanto, solucionando ao nível da causa que é a mácula, obviamente, o resultado é definitivo.

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Como vimos, uma vez que a causa da doença existe ao nível da alma, o fato de não haver a sua erradicação através da medicina que se baseia tão somente na matéria é algo bastante óbvio. O próprio nome "método alopático" demonstra tal razão. Urge, portanto, reconhecer esse erro fundamental e regenerar-se do mesmo, pois, ao contrário, aumentam cada vez mais as vítimas do sofrimento e da agonia dessa omissão. Contudo, apesar desta triste realidade, o motivo é de muita alegria e esperança, pois aqui se manifestou a salvação divina. Isto é, a fim de reformar os erros da Medicina, Deus atribuiu a mim a Missão desse Trabalho.

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O erro em questão não se restringe somente à Medicina, mas em vários setores da cultura; cito os crimes em geral como outro exemplo. Este problema também tem uma semelhança com a doença, isto é, o mesmo é efeito e não a causa.

 

A causa deste encontra-se também na alma ou espírito; carecendo dessa percepção, aplicam-lhe o método alopático semelhante ao da Medicina, ou seja, as penalidades e, como tais medidas não passam de simples efeito temporário, por mais que se esforcem os problemas não cedem lugar, eles continuam habitando no homem tal quais as areias habitam nas praias.

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Dessa forma, o que há de eficiente e decisivo é a. reforma do espírito para a qual não existe outro caminho senão a Religião. Isto é o que precisa ser despertado o mais rápido possível.

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Ficou claro em apenas dois exemplos acima expostos que as causas dos erros existem onde é negada a realidade espiritual. Portanto, os milagres que se manifestam pretendem exclusivo despertar, radicalmente, as pessoas para esta grave realidade.

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A Última Religião, Escritos do Fundador. 1947 e 1949.

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Cortar o mal pela raiz. O Ecumênico