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Ação Ecumênica do Paraíso
EDIFICANDO O REINO DOS CÉUS
Materialismo e Espiritualismo
“Quem se vangloria de ter conquistado a Grande Natureza um dia será por ela dominado.”
O Pão N. de C. Dia, p. 378
A matéria, como a própria palavra indica, é uma existência claramente visível e, por essa razão, qualquer pessoa consegue compreender. O espírito, todavia, por ser invisível, fatalmente acaba sendo negado. Assim, se fizermos uma simples comparação, teremos de concordar que o espiritualismo encontra-se em situação desvantajosa em relação ao materialismo.
A visão materialista está restrita aos cinco sentidos; portanto, é uma existência limitada, ao passo que a visão espiritualista não conhece restrições. É como se fosse o tamanho da Terra comparado com o tamanho do Universo, que é um espaço sem-fim.
Considerando o que é visível, daqui onde estou, só posso enxergar até o monte Fuji, e olhe lá… A distância não passa de algumas dezenas de quilômetros. No entanto, o pensamento, que é invisível, consegue, num instante, não só atingir qualquer ponto da Terra como também se estender até o infinito.
É como se a visão espiritualista fosse o oceano, e a visão materialista, o navio que nele flutua. Nessa mesma lógica, há uma lenda do macaco Songoku*, que, tentando fugir do domínio espiritual de Buda Sakyamuni, percorreu milhares de quilômetros, mas acabou se rendendo ao perceber que ainda estava na palma da mão de Buda. Podemos comparar o espiritualismo à mão de Buda, e o materialismo, ao macaco Songoku.
Se tomarmos outros exemplos do budismo, temos a “Teoria do Vazio”, que é a visão materialista analisada a partir da perspectiva espiritualista: “Tudo o que nasce está sujeito a desaparecer” e “Todo encontro está condenado à separação.” Há ainda o estado de Iluminação do zen-budismo: “Aquilo que possui forma, infalivelmente desaparecerá.”
Pela exposição acima, acredito que entenderam o quanto é errado analisar os assuntos espirituais do ponto de vista da matéria, pois esta é finita, enquanto o espírito tem vida eterna e é infinito. É o mesmo que querer colocar um elefante dentro de um pote ou tentar ver todo o céu através de um orifício no telhado.
*Songoku: Personagem do romance chinês Hsi Yu Chi (traduzido para o inglês por Arthur Waley com o título Monkey).
Ponto de vista. O Ecumênico
A Última Religião – Alicerce do Paraíso, Vol. 1
20 de dezembro de 1949
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